quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tempestade intrínseca

Ainda chove

Mas a tempestade não vêm

Quisera findasse tudo de uma vez

Essa espera que já não acredito

Esse dito que todos duvida

Ainda chovia

E ele a si mesmo dizia

Dane-se o mundo e sua vã hipocrisia

O desassocego e a rebeldia

Essa luta ? vencer na vida?

Acreditas....? és um tolo,

traçar objetivos

Conquistá-los e fazer-se orgulhoso

Do quê, e pra quê?

E a chuva caia... agora tornara-se uma enxurrada

Que descia morro a baixo, fazendo sangra-lo

O magma misturava-se ao sangue

Jorrando das entranhas da pobreza

Ao longe o grito das crianças que parecia lavar a alma com a chuva

Não demoraria muito, até que alguns barracos

Virassem jangadas morra abaixo

Deslizando até se perder como tantos em seu destino escorregadio

Perderam a vida nas encostas desses morros

Contrastando com o vento gelado da chuva lá fora

Um suor escorria em sua testa

Enquanto uma bacia aparava as lágrimas

Que caia do telhado marcando o compasso de sua agonia

É verdade, chovia, e a casa como sempre estava vazia

Como vazio estava o seu peito

Quando de um quarto sem jeito

Uma voz perguntara

A tempestade passou?

Naquele momento olhou para o horizonte

E constatou que ela ainda continuava em seu peito.

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