sábado, 20 de novembro de 2010

até quando amo-te

sábado 20/11/2010 12h30

toda declaração de amor
fala de flores...
fala de dores...
toda declaração de amor
grita em silêncio
a emoção contida
a melodia escrita nos olhos
toda a declaração de amor
inspira tristeza e felicidade
ilumina toda a cidade
acende por completo a saudade
toda declaração de amor
é do principio ao fim
sorrisos e lágrimas
minha declaração de amor pra ti
é essa canção triste
que faz viver em meu corpo
toda a tua poesia...
fazendo ser alegria...
a solidão dessa espera
que parece interminável...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

lágrimas da noite

19/11/2010
tenho em meu coração
o teu coração...
em minhas mãos
um vão
onde não te encontro...
tenho em minhas mãos
as tuas mãos
e em meu coração...
uma canção
que chora a tua falta...
tenho em meus olhos
os teus olhos
e no horizonte
a fonte onde derramo
as minhas lágrimas...
tenho um céu vazio
que reclama a lua
que um dia nos iluminou...
tenho um inferno em meu peito
e o céu em minha alma...
tenho em meu coração
o teu coração...
em minhas mãos
o pão da fome...
de Amor jogado ao chão...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quando

22/11/09 13:h54

Quando acordamos sós
É porque sentimos falta de alguém
Esse alguém é quem diz de nossas faltas
Quando nos encontramos sós
É porque já não nos encontramos em nós
Mas em alguém que não está ao nosso lado
Quando sentimos no intimo, saudade do que fomos
É que alguém nos levou para além
E nem esse alguém saberá nos devolver ao que éramos

Única certeza

23/08/09 18h12

É certo que seguirei, mas para onde ir
Se minhas pernas já não querem
Já não ferem o chão movidos pelos
Sonhos que me trouxeram até aqui

É certo que seguirei vivendo, mas o quê
Precisamente toda certeza se desfez
Com a mesma rapidez com que minha tez
Refez meu semblante quando amava

Quando amava estar a cada dia sob sol
Sob o frio que agora me é mais companheiro
Que o calor iluminando meus olhos

É certo que quando tudo se desfizer
Serei eterno na saudade que presunçosamente
Penso deixar para àqueles que me viram passar

Crepúsculo e aurora

21/07/09 21h:29

A vida é como um sorriso
Indiscreto e irônico
Breve, passageira
E incrivelmente triste

A vida consiste da morte
De tudo que em nós existe
De infinito e perecível
Muito mais parecido

Com o que de nós outrora
Fora a imagem mesma desse tudo
Que se desmancha agora

A vida de dentro pra fora
Nos devora, pois que somos
Poente sol, crepúsculo e aurora

terça-feira, 20 de julho de 2010

Há dias em que tudo é mar

19/07/2010 19h:47

Há dias em que a tristeza
Parece querer nos devorar
Aflora a dor em flor e espinhos
No vermelho da última rosa

Há dias em que a tristeza
Avança os limites do coração
E os pés não encontram o chão
E voa o pensamento em solidão

Há dias em que a tristeza
Aperta o peito de um jeito
Que o único feito plausível

É chorar em prantos
O encanto da dor que é amar
Há dias em que tudo é mar

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Poema de aniversário

11/07
Eu que nasci primeiro
Renasci em ti dez meses depois
E quanto tive que esperar
Para te encontrar...
Para me encontrar em ti
O que de mim procurava
Eu não me lembrava
Que renascera em ti
Essa outra parte que tanto
Me faltava... e quando te vi
Revi quase imediatamente
O dia em que nascera
Trazias a luz nos olhos
Que acenderiam os meus
Muitos anos depois...
Não estive ao seu lado
Não caminhei teus primeiros medos
Nem tuas primeiras alegrias
Não assisti o teu primeiro sorriso
Você mirando o infinito
Em que estrela eu já te olhava
Na lágrima de sua primeira dor
Partilhávamos o mesmo céu
E estávamos tão distante
E eu como um menino amante
Das linhas perfeitas que desenharam
O teu rosto, não te conheci menina
Quando foi que o vislumbre do és hoje
Acordaram os olhos atentos
Para a tua beleza e você surpresa
Olhava o espelho...
Quantas manhãs dessa mesma data
Em tempos passados
Eu se quer sabia ou atentava
Para o que de mim vivia
E em ti habitava...
Eu já amava minha outra parte
Ah... o que eu não daria para ver-te
Em poética harmonia quando viestes
Ao mundo e o quão absurdo
Era ignorar tua existência
Nenhuma ciência saberá dizer
Da existência de um ser
Dividido em dois por tanto tempo...
Ah... quantas e quantas primaveras
Fizeram do teu sorriso a alegria das flores
Te vejo adolescente entre amigos
E sonhos que te acordaram a vida
Você vivaz espalhando seu perfume
Eu até posso ver o ciúmes
Das flores mal nascidas diante
De tanta essência... tua adolescência
Teus quinze anos...
Não dancei contigo e me lembro
Que estava só e já desconfiado
De minha incompletude
Você sorrias... sorrias...
Eu ensaiava os primeiros versos
E você já era toda a minha poesia
Quantas vezes será que olhamos
Em dúvidas da vida a mesa lua
Em noites em que a tristeza
Ofuscara e leveza do teu sorriso
E como se lembrasse de sua outra
Parte que ainda não conhecias
Se rendias à tristeza ...
Que admirarias alguns anos depois
Quando foi que o primeiro poema
Te acordou para a sensibilidade de alma
Que já estava em sua pele
E na delicadeza das pétalas em flores
Que não te pude dar...
Quisera nesse dia poder te abraçar
E selar com o tempo
A dádiva de tua existência
Quisera poder ver teus olhos iluminados
Daquele primeiro sol
Que lhe aqueceu o corpo...
Quisera poder dizer-te com olhos de amor
Que és a flor em perfume de vida...
E que o mundo se fez brando e poético
Quando do seu nascimento
E acrescentastes uma nota a mais
Na melodia da vida
Na canção do amor... e no meu coração

Soneto do nono mês II

Quisera meu amor sonhar e voar
Ao dia em que vi e senti nascer de seus lábios
A surpresa o medo e desejo de se dar por completo
Quando o ar foi insuficiente para respirar

Quisera meu amor como em pétalas
De flor te encontrar em perfume
De sorrisos e lembranças de estar aqui pra sempre
Tudo que um dia loucamente se quis amar

Quisera não fosse o impedimento
E o meu lamento por te esperar
E respirar cada vez mais a saudade

De toda a felicidade que ainda
Há de nos encontrar para ser bem mais
Que um sétimo dia de um nono mês, e te amar

Soneto do nono mês I

07/07/2010
Quisera cantar com todas as notas
A melodia desse dia
Sétimo dia em nona sinfonia
Em nono mês na sétima nota

Quiser cantar em pura harmonia
Minha felicidade em tudo que ainda
Está por nascer e dizer muito mais
Do que já foi dito pelo destino

Quisera poder enxergar
Com olhos de águia o profundo lago
Que em lágrimas de amor germinou tanta saudade

Quisera pegar nos braços essa criança
Ainda em infância de amar e ser o mar
Que em teu olhar se derrama ao encontro do meu

Depois do nono mês

08/07/2010 21h:27

E agora o que farei dos meus olhos
Que só enxergam os teus olhos
O que farei de minhas mãos
Que insistem em tocar apenas
A canção que emana do teu corpo

E agora o que farei de minhas verdades
Se em tudo que sinto e ouço é apenas
A voz da saudade gritando em meus ouvidos
A mesma canção no ritmo dos teus gemidos
Em meus braços em afagos de amor

E agora o que farei das horas em que não estais aqui
E tudo em mim diz em lembranças que a herança
Dos amantes é a dor da ausência como essência
De se querer pra sempre ao lado o lada mais
Fascinante da vida em dias em que tudo é apenas amar

Ah... meu amor agora será tudo o que for de melhor
Meu suor em teus cabelos colados ao meu peito
Em teu jeito único e poético de suspirar
O cansaço de se amar em suplicas de prazer
E minhas buscas desesperadas de te abraçar
Nas madrugadas de solidão e dor de te querer


E agora o que farei se não me sinto
Quando estou longe de ti...
Se minhas pernas não querem caminhar
Sem tua companhia e os meus passos são vazios
E sem direção alguma sem você...
Se minha boca deserta sem os teus lábios

Ah... meu amor agora o que será de nossos dias
Se mesmo separados não desatam os laços que une
E tudo se transforma em noite de silêncio e dor
Embora pela manhã se abra uma flor que exala
O perfume das lágrimas choradas na noite anterior
E agora... me diz... se me fiz todo amor e já não estou em mim

domingo, 25 de abril de 2010

Sozinho

25/04/2010 16:h37

Estou só... e tudo em mim é solidão
Estou só... e tudo em mim descansa
Pausa sempre pausa... e a distância
De tudo que fora, de tudo que era...
Distância do que sou agora....
A demora e a pressa sepultadas
Na mesma cova do esquecimento....

Estou só... e tudo em mim é solidão
Estou só e me acompanho por onde
Vago errantemente....
Eu quase demente desses outros “eus
Que dizem de minhas recordações
Meu rosto no rosto de cada um de voz
Meu riso no infinito do meu olhar

Estou só e acompanhado
Nesse lago de lágrimas e emoções
Encarando de frente....bem a minha frente
Esse passado passeando em minha pele
Minha primeira primavera minha primeira flor
De esperas vencidas pelo tempo
O vento em meus cabelos soprando
A chegada de tantos sonhos
Que me acordaram para dores e felicidades

Estou só... ausência do que fui
E presença do sou agora....
Na alegria de quem me olha
Nas lembranças da minha e da tua infância
Eu você, e cada um de nós ainda criança
Correndo pelos ermos campos da vida....
Mas, aonde quer que estejamos
A vida será sempre a arte de se caminhar
E estar... sozinho.....!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nossas flores

21/04/2010 12h:17

Como regar o mar... o meu peito
Meu espelho de lágrimas e feridas abertas
As marcas e rugas em minha testa
A fresta para divisar o mundo dos amores impossíveis
Os níveis de dores e flores pelos caminhos
Escritos nas palmas de minhas mãos

Como secar esse rio que insiste em correr
E fugir, e ir no porvir do fenir das tardes
Meu vale perdido em ermos campos
De vazio coração em desespero
E o beijo da solidão na canção dos ventos
Dizendo em meu pensamento... tudo é ilusão?!

Como não girar em teus braços
Feito um girassol tua flor preferida
Rimando com minhas dores as desventuras da vida
E a minha preferida que só no inverno
Nos apresenta o seu vermelho cor de sangue
Rima com as mesmas dores... tulipa
Tão frágil como o meu peito que o teu amor abriga

Como não escrever no vazio do papel
O deserto de minha alma deitada sobre as águas
Sob as asas dos pássaros abandonados ao acaso
De seu voo solitário e triste na busca incessante
Do dia perfeito do sol de todos os sois
Para queimar-se por completo em teu amor

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Flores de saudades

12/04/2010 16h:43

Aqui em meu peito
Se deitam as lágrimas
Que banham à tarde
Em raios de sol

Aqui em meu peito
Se deita a tua imagem
Nos braços de minha solidão
Sinto o seu rosto

E abra-se a janela
Dos meus olhos que te buscam
E se desmancham

Fecho essa mesma janela
E a lágrima espessa fertiliza
O chão em flores de saudade

Última resolução

12/04/ 2010 16h:22

Tudo parte de mim ao seu encontro
Se despede em adeus e em prantos
Me diz as lágrimas que regamos o céu
Que as estrelas são cristais de nossas feridas

Tudo parte de mim para os teus braços
Os meus traços são marcas de tuas mãos
E que são vãos os meus passos sem ti
Diz a estrada às plantas dos meus pés

Tudo que de mim vai ao teu encontro
Encontra-me em teus olhos brilhando
Minha felicidade em teu sorriso de saudade

Tudo que de mim vai ao teu encontro
Encontra-me em tuas caricias minhas vontades
Adormecidas em tuas mãos e minha solidão

quarta-feira, 31 de março de 2010

Abandono de mim

16h:36 31/03/2010

Tudo em mim te pertence
E eu não sabia...
Não sabia que te entregaria
Sem medida tudo o que sou
Que acordaria da escuridão
De minha angustiante alma
Para o brilho castanho esverdeados
Dos teus olhos de fogo
Tudo em mim é teu e te pertence
E eu não sabia...
Que era eu espera envelhecida
No porto de agonia divisando tua vinda
Que me jogaria em ti
Em desespero e aflição
E te estenderia com mãos
Ensangüentadas o próprio coração
Que minha ação única
É te esperar, aguardar o momento
Em meio ao tormento de não te tocar
Tudo em mim é teu e te chama
E eu não previa...
Que tu chegaria como a poesia
Desvirginando o papel em branco...
E que todo o pranto seria ao mesmo tempo
Tristeza, dor, felicidade e esperança e alegria
E que tudo em mim gritaria o teu nome
E que a fragilidade de existir
Explodiria como uma bofetada em meu rosto
Me fazendo provar o gosto
Desse sentimento em chama
Tudo em mim te pertence e te sente minha
E eu não previa...
E eu não sabia...

Crepúsculo em mim

31/03/2010 14h:20

Não consigo mais
Não suporto mais
Preciso do dia em sua plenitude
Não aguento tanto crepúsculo
Preciso de uma fresta ao menos
Para que eu possa divisar o sol
E não apenas o momento
Em que ele se deita para morrer a luz
Não suporto mais...
Não consigo...
Não finjo minha escuridão
E o meu desespero
Me mostrem um meio de levantar a luz
Que insiste em me virar as costas
Esse crepúsculo constante
Me aflige é como se não fosse noite
E não fosse dia...
Parece uma paralisia do tempo
Pausa na canção das horas
Não chego e não vou embora
Tudo em mim é triste e chora
Torna-se crepúsculo como estou agora

domingo, 21 de março de 2010

Falta de ti

Sol, céu azul...
Nuvens brancas...
Verão, mares morrendo na praia
Do que vale tudo isso
Quando se acorda
Com um silêncio profundo na alma
Um silêncio que vai apagando as coisas
E impregnando todo o ar
Um silêncio veemente que machuca
Um silêncio que transforma vinho em sangue
Que rouba dos olhos o sonho e a esperança
Que faz de tudo em nós
Uma nota aguda de tristeza...
Que interroga e desnuda o próprio ser
Sol, céu azul
Nuvens brancas...
O voo dos pássaros
A ameaça da chuva...
E um silêncio crescendo
Tomando tudo a sua volta
A nota aguda toca aos ouvidos melancólica solidão
O dia não acaba e se arrasta nos ponteiros do relógio
E, eu vou mergulhando lentamente no silêncio
A saudade desagua como rio...
O silêncio passeia pelo meu corpo até escorrer em meus olhos

A dança absoluta

Que toda a minha loucura de amor
Seja compreendida como uma flor colhida
Por uma criança ainda virgem de todo e qualquer sentimento
Que toda a saudade que sinto venha como o vento
E soprem em teus ouvidos a cadência do meu coração
Que o ritmo de tudo que pulsa encontre no balé dos nossos corpos
A dança absoluta sob o canto de todos os pássaros no céu
Que o véu de minhas lágrimas como tempestade
Erga com mãos firmes o ímpeto de um novo sol
Que minha boca não diga nada, porque nada será possível dizer
Para além dos meus olhos queimando em brasa o meu amor por ti
Que minha vontade por ti e de ti, seja aceita
Como todas as madrugadas aceitam passivas
O apagar das estrelas para o nascimento da estrela maior
Que o meu desejo receba o perdão dos teus lábios
Como todo pecado existe para se entregar ao gozo da redenção
Que minha única ação e sentido esteja no verbo amar
Como a dor de vida que nos permite sentir e sonhar

Alma gêmea

Como posso ser
Se é em ti que existo
Se é em ti que insisto
Em morar e me abandono

Como posse ser
Se fico órfão de mim
Quando vais embora
E as horas me torturam

Como poso ser
Se me perdi nos labirintos
Do teu corpo no poço
Sem fim da saudade

Como posso ser
Se sou metade incompleta
Solidão e angustia
Sem teus lábios

Como posso ser
Se me apago como estrela morta
Restando apenas os últimos
Fios de luz do teu olhar em mim

Como posso ser
Se o meu ser se dilui
E encharca o meu rosto
E mancha o chão com minha dor

Como, me diz como poderei ser
Quando o amanhã não lhe trouxer
E, eu amputado de minha metade
Fenecer no vazio e não mais existir

Como poderei ser
Se nasci quando colada à mim
Fechei os olhos e então
Acordei para o sonho de viver

Como, como poderei ser
Como poderei ver a vida
A saída para o mar, navegar sem ti
Não... sem ti eu nunca serei