domingo, 21 de março de 2010

Falta de ti

Sol, céu azul...
Nuvens brancas...
Verão, mares morrendo na praia
Do que vale tudo isso
Quando se acorda
Com um silêncio profundo na alma
Um silêncio que vai apagando as coisas
E impregnando todo o ar
Um silêncio veemente que machuca
Um silêncio que transforma vinho em sangue
Que rouba dos olhos o sonho e a esperança
Que faz de tudo em nós
Uma nota aguda de tristeza...
Que interroga e desnuda o próprio ser
Sol, céu azul
Nuvens brancas...
O voo dos pássaros
A ameaça da chuva...
E um silêncio crescendo
Tomando tudo a sua volta
A nota aguda toca aos ouvidos melancólica solidão
O dia não acaba e se arrasta nos ponteiros do relógio
E, eu vou mergulhando lentamente no silêncio
A saudade desagua como rio...
O silêncio passeia pelo meu corpo até escorrer em meus olhos

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