Sol, céu azul...
Nuvens brancas...
Verão, mares morrendo na praia
Do que vale tudo isso
Quando se acorda
Com um silêncio profundo na alma
Um silêncio que vai apagando as coisas
E impregnando todo o ar
Um silêncio veemente que machuca
Um silêncio que transforma vinho em sangue
Que rouba dos olhos o sonho e a esperança
Que faz de tudo em nós
Uma nota aguda de tristeza...
Que interroga e desnuda o próprio ser
Sol, céu azul
Nuvens brancas...
O voo dos pássaros
A ameaça da chuva...
E um silêncio crescendo
Tomando tudo a sua volta
A nota aguda toca aos ouvidos melancólica solidão
O dia não acaba e se arrasta nos ponteiros do relógio
E, eu vou mergulhando lentamente no silêncio
A saudade desagua como rio...
O silêncio passeia pelo meu corpo até escorrer em meus olhos
domingo, 21 de março de 2010
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