quarta-feira, 14 de julho de 2010

Depois do nono mês

08/07/2010 21h:27

E agora o que farei dos meus olhos
Que só enxergam os teus olhos
O que farei de minhas mãos
Que insistem em tocar apenas
A canção que emana do teu corpo

E agora o que farei de minhas verdades
Se em tudo que sinto e ouço é apenas
A voz da saudade gritando em meus ouvidos
A mesma canção no ritmo dos teus gemidos
Em meus braços em afagos de amor

E agora o que farei das horas em que não estais aqui
E tudo em mim diz em lembranças que a herança
Dos amantes é a dor da ausência como essência
De se querer pra sempre ao lado o lada mais
Fascinante da vida em dias em que tudo é apenas amar

Ah... meu amor agora será tudo o que for de melhor
Meu suor em teus cabelos colados ao meu peito
Em teu jeito único e poético de suspirar
O cansaço de se amar em suplicas de prazer
E minhas buscas desesperadas de te abraçar
Nas madrugadas de solidão e dor de te querer


E agora o que farei se não me sinto
Quando estou longe de ti...
Se minhas pernas não querem caminhar
Sem tua companhia e os meus passos são vazios
E sem direção alguma sem você...
Se minha boca deserta sem os teus lábios

Ah... meu amor agora o que será de nossos dias
Se mesmo separados não desatam os laços que une
E tudo se transforma em noite de silêncio e dor
Embora pela manhã se abra uma flor que exala
O perfume das lágrimas choradas na noite anterior
E agora... me diz... se me fiz todo amor e já não estou em mim

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