quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ave de rapina

30/12/09 12:h41

A experiência nos ensina a morrer
Morrer é o nome da experiência
Morrer a empolgação inicial da vida
Mas, eu roubarei cada gota que me for possível
Serei salteador, assassinarei cada incredulidade
Que se por em meu caminho, cada descrença
Que me impuser o desânimo...sim, roubarei
Da vida cada gota da felicidade negada
E como uma ave de rapina, me alimentarei dos restos de alegrias
Que cruzarem o meu destino
Mas, não desistirei e nem me entregarei
A resignação de seguir morto por ter me feito forte e corajoso
A experiência é a sapiência dos fortes, serei fraco
Terei talvez pela metade, mas terei
E serei mesmo que pela metade o absoluto de mim
Seja a metade que me cabe, e a outra negada...
Serei feliz na minha miséria, no pouco que me foi entregue
E nessa metade me entregarei inteiro
E seguirei como ave de rapina me alimentando
Do despojo de felicidade
Que me cai da mesa dos sonhos
Do absurdo de viver... e morrei inexperiente ...
Mas morrerei vivo para cantar-te a minha baixeza...

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